PT// O CINEMA FULGOR é um cinema com raízes móveis, itinerante pela constelação espacial do Baixo Alentejo. Cinema composto e semente, pretende participar na construção de uma ruralidade viva e autónoma, convocar e nutrir as diversas e dispersas comunidades, propondo o cinema enquanto experiência comunal e ecológica.
A Cultivamos Cultura abre espaço para mais uma sessão do Cinema Fulgor, no dia 26 de Novembro, às 18hrs, com a sessão “NELLE MARGINE DEL SUD RURALE” de Cecilia Mangini.
Rua de Odemira 15, São Luis – Cultivamos Cultura
NELLE MARGINE DEL SUD RURALE
Cecilia Mangini
O Cinema Fulgor mostra cinco filmes da cineasta italiana Cecilia Mangini (1927-2021): La Passione del Grano, Stendalì (Suonano Ancora), Maria e i Giorni, La Canta delle Marane, Essere Donne. São retratos poéticos e militantes de rituais em risco de desaparecer no sul rural, bem como vibrantes observações sobre a condição das mulheres e dos jovens proletários e desfavorecidos. No campo de batalha do cinema, o documentário era a sua arma.
LA PASSIONE DEL GRANO (1959)
Co-realizado com Lino Del Fra)
16mm/HD, cor/ som, 11 min
Na região de Lucânia, na altura da colheita, o antigo ritual da Passione del Grano (a paixão do trigo) é ainda celebrado. Este documentário etnográfico esconde uma subtil condenação política das condições de trabalho dos agricultores e da sua pobreza no interior subdesenvolvido do Sul de Itália.
STENDALÌ (SUONANO ANCORA) (1960)
16mm/HD, cor/ som, 12 min
Em Salento, no sul de Itália, mulheres vestidas de preto lamentam os mortos. Em Stendalì, Mangini retrata esta tradição num ritmo frenético, quase alucinatório, amplificado pela música vanguardista de Egisto Macchi.
MARIA E I GIORNI (1960)
16mm/HD, cor/ som, 11 min
Retrato de uma mulher conhecida como Maria de Capriati, que vive numa quinta em Puglia. De carácter forte e impetuoso, não tem medo da morte e cultiva um laço profundo com a sua terra. Responsável pelo baptismo de Mangini, era considerada pela realizadora a sua madrinha.
LA CANTA DELLE MARANE (1961)
16mm/HD, cor/ som, 12 min
Visão vibrante e sensual sobre a dissolução de fronteiras, La canta delle marane acompanha um grupo de rapazes que brinca à beira de um rio nos subúrbios de Roma. Toma a forma de um poema visual dedicado àquela zona periférica, que teve um papel importante nas narrativas de Pier Paolo Pasolini. Este filme inspira-se no romance de Pasolini, Ragazzi di vita.
ESSERE DONNE (1965)
16mm/HD, cor/ som, 30 min
Vítima da censura na altura do seu lançamento, este filme é um importante marco na filmografia de Mangini como o seu gesto mais radical no retrato da luta das mulheres operárias italianas. Uma forte e sincera investigação que antecipa o movimento feminista.




EN//
CINEMA FULGOR is a cinema with mobile roots, a wanderer through the spatial constellations of Baixo Alentejo. Cinema-compost and cinema-seed, it intends to construct a living and autonomous rurality, to convoke and nurture diverse and disparate communities, proposing cinema as a communal and ecological experience.
Cultivamos Cultura opens space for another session of Cinema Fulgor, on November 26th, at 6pm, with the session “NELLE MARGINE DEL SUD RURALE” by Cecilia Mangini.
Rua de Odemira 15, São Luis – Cultivamos Cultura
NELLE MARGINE DEL SUD RURALE
Cecilia Mangini
Cinema Fulgor shows five films by Italian filmmaker Cecilia Mangini (1927-2021): La Passione del Grano, Stendalì (Suonano Ancora), Maria e i Giorni, La Canta delle Marane, Essere Donne. They are poetic and militant portraits of rituals in danger of disappearing in the rural South and vibrant observations on the condition of women and of proletarian and disadvantaged youth. On the battlefield of cinema, the documentary was his weapon.
LA PASSIONE DEL GRANO (1959)
Co-directed with Lino Del Fra)
16mm/HD, colour/sound, 11 min
In the Lucania region, at harvest time, the ancient ritual of the
Passionedel Grano (the passion of the wheat) is still celebrated. This ethnographic documentary hides a subtle political condemnation of the working conditions of farmers and their poverty in the underdeveloped hinterland of Southern Italy.
STENDALÌ (SUONANO ANCORA) (1960)
16mm/HD, colour/sound, 12 min
In Salento, southern Italy, women dressed in black mourn the dead. In Stendalì, Mangini portrays this tradition at a frenetic, almost hallucinatory pace, amplified by the avant-garde music of Egisto Macchi.
MARIA E I GIORNI (1960)
16mm/HD, colour/sound, 11 min
Portrait of a woman known as Maria de Capriati, who lives on a farm in Puglia. From a strong and impetuous character, she is not afraid of death and cultivates a deep bond with her land. Responsible for Mangini’s baptism, she was considered by the director as his godmother.
LA CANTA DELLE MARANE (1961)
16mm/HD, colour/sound, 12 min
A vibrant and sensual vision about the dissolution of frontiers, La canta delle marane follows a group of boys playing on the banks of a river in the suburbs of Rome. It takes the form of a visual poem dedicated to that peripheral area that played an important role in Pier Paolo Pasolini’s Pasolini’s narratives. This film is inspired by Pasolini’s novel Ragazzi di vita.
ESSERE DONNE (1965)
16mm/HD, colour/sound, 30 min
A victim of censorship at the time of its release, this film is an important milestone in Mangini’s Mangini’s filmography as his most radical gesture in portraying the struggle of Italian working women. A strong and sincere investigation that anticipates the feminist movement.