Latro
EN | In 2010, scientists from Yansei and Stanford University pioneered a technique by where 30-nanometre wide gold electrodes were inserted into the photosynthesising organs – chloroplasts – of algal cells, thus managing to draw a small electrical current from algae during photosynthesis. As advances in nanotechnology lead to increasingly energy efficient products, plant life such as algae will become attractive sources for tapping energy. Latro is a speculative design concept responding to this potential future market.
Latro (latin for thief) incorporates the natural energy potential of algae and the functionality of a hanging lamp into its design. Synthesising both nature and technology in one form, Latro is a living, breathing product. Algae are incredibly easy to cultivate, requiring only sunlight, carbon dioxide (CO2) and water, offering a remarkably simple way of producing energy. Breathing into the handle of the lamp provides the algae with CO2, whilst the side spout allows the addition of water and release of oxygen. Placing the lamp outside in the daylight, the algae use sunlight to synthesize foods from CO2 and water. A light sensor monitors the light intensity, only permitting the leeching of electrons when the lux level passes the threshold – avoiding algae malnourishment. Energy is subsequently stored in a battery ready to be called upon during hours of darkness. Owners of Latro are required to treat the algae like a pet – feeding and caring for the algae rewarding them with light.
Latro Lamp photograph by Susana Camara Leret.
PT | Em 2010, cientistas das Universidades de Yonsei e Stanford foram os pioneiros de uma técnica mediante a qual elétrodos de ouro de 30 nanómetros de largura são inseridos nos organelos fotossintéticos – cloroplastos – das células das algas, conseguindo, assim, obter uma pequena corrente elétrica das algas durante a fotossíntese. À medida que a nanotecnologia permite criar produtos cada vez mais eficientes do ponto de vista energético, plantas como as algas vão-se tornando fontes atrativas de obtenção de energia. Latro é um conceito de design especulativo que responde a este potencial mercado futuro.
Latro (“ladrão”, em latim) incorpora no seu design o potencial energético natural das algas e a funcionalidade de um candeeiro suspenso. Sintetizando natureza e tecnologia numa só forma, Latro é um produto vivo que respira. As algas são incrivelmente fáceis de cultivar, necessitando apenas de luz solar, dióxido de carbono (CO2) e água, oferecendo uma forma invulgarmente simples de produção de energia. Expirar para dentro do bocal do candeeiro fornece CO2 às algas, ao passo que a abertura lateral permite a adição de água e a libertação de oxigénio. Ao colocar o candeeiro no exterior durante o dia, as algas usam a luz solar para sintetizar alimento a partir do CO2 e da água. Um sensor de luz monitoriza a intensidade da luz, permitindo apenas o desprendimento dos eletrões quando o nível de lux ultrapassa um determinado limiar – evitando a subnutrição das algas. A energia é subsequentemente armazenada numa bateria pronta a ser utilizada durante as horas de escuridão. Os proprietários do Latro têm de tratar das algas como se fossem um animal de estimação – alimentado-as e cuidando delas, para que elas os recompensem com luz.
Fotografias de Latro Lamp por Susana Camara Leret.
Mike Thompson
EN | Mike Thompson’s work explores both old and new technologies in order to generate fresh relationships between function and behavior, questioning common codes of conduct. His aim is to create a body of work blending his research based design approach with an interest in current issues and technology to reflect and comment upon society both in the present and the future. Mike believes in design with a conscience – “designers should be aware of the world around them and consider the impact of design looking to the future.” As such his work touches upon issues such as sustainability, biotechnology and psychology. Mike believes in strong research based practice and design solutions. His approach is to create deep, methodical research in order to find fresh angles for problem solving resulting in new, unforeseen processes, and innovative design outcomes.
After graduating from the IM Masters course at the Design Academy Eindhoven in 2009, Mike set up his own studio focusing upon design and future thinking. His work has been widely publicised in both the design and popular press including magazines such as Wired, Frame and ICON. Whilst much of Mike’s work is self-initiated he also applies his design approach to industry sponsored research and commercial projects.
Mike currently works from Eindhoven, the Netherlands.
PT |
A obra de Mike Thompson explora velhas e novas tecnologias para gerar novas relações entre a função e o comportamento, questionamento códigos de conduta comuns. O seu objetivo é criar um corpo de trabalho que combine a sua abordagem ao design baseada em pesquisa com um interesse pelas questões e tecnologias actuais, refletindo e tecendo comentários acerca da sociedade no presente e no futuro. Mike acredita no design com consciência – “os designers devem ter consciência do que se passa à sua volta e ter em consideração o impacto que o design pode ter no futuro.” Como tal, a sua obra alude a questões como a sustentabilidade, a biotecnologia e a psicologia. O artista acredita numa prática e soluções de design sólidas baseadas na pesquisa. A sua abordagem implica uma pesquisa metódica e profunda de modo a encontrar novos ângulos para a resolução de problemas que resultem em processos novos e inesperados e em resultados inovadores ao nível do design.
Depois de concluir o seu mestrado na Design Academy em Eindhoven, em 2009, Mike fundou o seu próprio estúdio, focando-se no design e numa mentalidade virada para o futuro. A sua obra tem sido amplamente publicitada na imprensa popular e da área do design, incluindo revistas como a “Wired”, “Frame” e “ICON”. Embora muita da obra de Mike Thompson seja fruto de auto-iniciativa, ele também aplica a sua abordagem ao design a projetos comerciais e de pesquisa patrocinados pela indústria.
Mike trabalha actualmente em Eindhoven, na Holanda.