EN | In his spectacle-instalation Bleu remix,Yann Marussich returns to the theme already explored in 2001, in the Bleu Provisoire spectacle when he let a mysterious blue liquid ooze as blood would, through the layers of his skin, as though it was a final effect or a by-product of his body’s inner processes. This way, Marussich opened the paths between the inside and the outside world – secret passages from the unconscious, straight to the conscious.
In Bleu Remix, the artist once more lets us experience an intimate journey through the corners of his body. While searching for a kind of a universal human being, he takes the essence of Bleu Provisoire’s concept, mixes and transforms the senses and uncovers the secret existing reality, which exists in everyone of us, even better.
Each time the spectacle is performed, a different (local) musician accompanies Yann This exceptional – unique and one-time – confrontation of a musician with a performance establishes a new relation between the sound and the created image. The spontaneous meeting of two artists brings an element of risk and uniqueness to the event, as if the music explored the spectacle over and over again and depicted new ways of perception.
PT | No seu espetáculo-instalação Bleu Remix, Yann Marussich regressa ao tema já explorado em 2001 no espetáculo Bleu Provisoire, no qual um misterioso líquido azul exsudava como sangue através das camadas da sua própria pele, tal como se se tratasse do efeito final ou de um subproduto dos processos internos do seu corpo. O artista abria, desta forma, os caminhos entre o mundo interior e o mundo exterior – passagens secretas que ligam o inconsciente directamente ao consciente.
Em Bleu Remix, Yann Marussich leva-nos, mais uma vez, numa viagem íntima através dos recantos do seu corpo. Na sua procura de uma espécie de ser humano universal, Yann recupera a essência do conceito de Bleu Provisoire, mistura e transforma os sentidos e revela ainda melhor a realidade secreta que habita em cada um de nós.
De cada vez que o espectáculo é realizado, o artista é acompanhado por um músico (local) diferente. Este confronto excepcional – singular e único – de um músico com uma performance estabelece uma nova relação entre o som e a imagem criada. O encontro espontâneo dos dois artistas confere um elemento de risco e singularidade ao evento, como se a música explorasse o espectáculo vezes sem conta e representasse novas formas de percepção. Ver fotos em: http://www.yannmarussich.ch/perfos.php?p=14
http://www.yannmarussich.ch/perfos.php?p=14
Yann Marussich
Born in 1966, Yann Marussich is an isolated character. In contemporary dance and performance: “hypersensitive, puzzling, provocative, authentic” he delivers performances from which we don’t come out of unharmed. Since 1989, he has signed about thirty performances and choreographies broadcasted all over Europe.
From 1993 to 2000, he evolves in the domain of artistic programming as the director of the Théâtre de l’Usine (Geneva) where he programs almost exclusively contemporary dance and more specifically new forms of expression. He is also the founder of the ADC Studio (Geneva) created in 1993.
In 2001, Yann Marussich signs Bleu Provisoire, his first totally motionless piece. Since then, he is sinking into introspection and the control of stillness meanwhile confronting his body to diverse solicitations, or even aggressions: that is where the poetic space of the performer is located, in an often violent contrast between what his body is undergoing and an absolute impassivity.
His last pieces are solos, which he considers as a full-fledged style. Glassed (2011), Bain Brisé (Broken Bathtub) (2010), Ex-Pression (2009), Bleu Remix (Blue Remix) (2007), Nuit de Verre (Glass Night) (2007), Soif (Thirsty) (2006), Blessure (Wound) (2005), Traversée (Crossing) (2004), Autoportrait dans une fourmilière (Self Portrait in an Anthill) (2003), Morsures (Bites) (2004), have been presented in many festivals in Switzerland and abroad.
Yann Marussich is registered by the Department of culture and contemporary art funds of the city of Geneva. In 2008 he receives the Ars Electronica award in the category Hybrid art.
In 2008, he received the Ars Electronica price in the category Hybrid Art.
PT | Nascido em 1966, Yann Marussich é uma personagem isolada. Na dança contemporânea e performance, ele é “hipersensível, intrigante, provocativo, autêntico” e realiza performances das quais não saímos ilesos. Desde 1989, assinou cerca de trinta performances e coreografias apresentadas por toda a Europa.
Entre 1993 e 2000, evolui para o domínio da programação artística como diretor do Théâtre de l’Usine (Geneva), onde programa quase exclusivamente dança contemporânea e, mais especificamente, novas formas de expressão. Também é o fundador do ADC Studio (Geneva) criado em 1993.
Em 2001, Yann Marussich cria Bleu Provisoire, a sua primeira obra totalmente imóvel. Desde então, tem-se dedicado à introspeção e ao controlo da quietude enquanto confronta o seu corpo com diversas solicitações ou, até, agressões. É aqui que se localiza o espaço poético do artista – num contraste frequentemente violento entre o que o seu corpo experiencia e uma impassividade absoluta.
As suas duas últimas obras são solos, o que ele considera um género de pleno direito. Glassed (2011), Bain Brisé (Broken Bathtub) (2010), Ex-Pression (2009), Bleu Remix (Blue Remix) (2007), Nuit de Verre (Glass Night) (2007), Soif (Thirsty) (2006), Blessure (Wound) (2005), Traversée (Crossing) (2004), Autoportrait dans une fourmilière (Self Portrait in an Anthill) (2003) e Morsures (Bites) (2004) foram apresentadas em diversos festivais na Suíça e no estrangeiro.
Yann Marussich é convencionado pelo departamento da cultura e pelo fundo de apoio à arte contemporânea da cidade de Geneva.
Em 2008, recebe o prémio Ars Electronica na categoria de arte híbrida.
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