WetNet
EN | WetNet explores the relationship between contamination, bioremediation and sustainable systems. This work in progress features the creation of “contaminated” wet sculptures in the form of disposable science equipment. For example, sculptures are modelled after the sterilized plastic flasks commonly found in the laboratory and used to conduct experiments. In this case, the flasks are made of agar (a seaweed base commonly used to create assays), mycelium (Lions Mane mushroom), and human viral cells (HeLa and Lentivirus). The interaction between the mycelium and viral cells generate a transpecies network extending both inside and out of the flasks. The interaction between fungi and human viral cells challenge the logic of aseptic technique and sterile containment that justifies the need for plastic disposable materials in the lab. The prototypes “feed” microbes and communicate with them through the process of decomposition and remediation. The combination and interaction between organisms is explored as a living and undead network system and architecture that provokes a rethinking of the materials used to produce knowledge in the science laboratory. What happens when microbes are no longer the subject of experimentation, but become the network and material for knowledge creation? In this scenario, notions of contamination and contagion are radically altered. Rather than restrict movement between microbes and human, the human must re-imagine relations with the microbial worlds.
WetNet is produced for the exhibition Emergencies2012. Part of the project has been produced during an invited artist-in-residence at Ectopia in collaboration with Cultivamos Cultura, the URIA-Centro Patogenese Molecular, Faculdade Farmacia at the University of Lisbon and Joao Goncalves. Additional support and collaboration on developed includes Form lab at Université de Montréal, Metacycle labs at Concordia University and Fluxmedia also based at Concordia University. WetNet is part of the larger three year research-creation project entitled Viral BioreMEDIAtion funded by Le Fonds de recherche du Québec – Société et culture.
PT | WetNet explora a relação entre a contaminação, a biorremediação e sistemas sustentáveis. Esta obra em curso inclui a criação de esculturas molhadas “contaminadas” sob a forma de equipamento científico descartável. Por exemplo, as esculturas são moldadas de forma a se assemelharem aos frascos de plástico esterilizadogeralmente encontrados no laboratório e usados na realização de experiências. Neste caso, os frascos são feitos de ágar-ágar (uma base de alga marinha usada para realizar ensaios), micélio (cogumelo Lions Mane) e células virais humanas (HeLa e Lentivírus). A interação entre o micélio e as células virais gera uma rede transespecífica que se expande, tanto no interior como para o exterior dos frascos. A interação entre os fungos e as células virais humanas desafia a lógica da técnica assética e da contenção estéril que justifica a necessidade de materiais plásticos descartáveis no laboratório. Os protótipos “alimentam” micróbios e comunicam com eles através do processo de decomposição e remediação. A combinação e interação entre organismos são exploradas enquanto arquitetura e sistema vivo e morto-vivo em rede que nos levam a repensar os materiais usados para produzir conhecimento no laboratório científico. O que é que acontece quando os micróbios deixam de ser o objeto da experiência e se tornam a rede e material para a criação de conhecimento? Neste cenário, as noções de contaminação e contágio são radicalmente alteradas. Em vez de restringir o movimento entre micróbios e humanos, o ser humano tem de “re-imaginar” relações com os mundos dos micróbios. WetNet é produzida para a exposição Emergencies 2012. Parte do projeto foi produzida durante uma residência artística na Ectopia, em colaboração com a Cultivamos Cultura, o URIA – Centro de Patogénese Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e João Gonçalves. Apoio e colaboração adicionais para o seu desenvolvimento incluem o Form Lab na Universidade de Montreal, os Metacycle labs na Universidade de Concordia e a Fluxmedia também sediada na Universidade de Concordia. WetNet integra o projeto maior de pesquisa e criação, com a duração de três anos, intitulado Viral BioreMEDIAtion financiado pelo Fonds de recherche du Québec – Société et culture.
Tagny Duff
EN | Tagny Duff is an interdisciplinary artist working across bioart, video, performance, net art and installation works. By working hands-on with biotechnology and scientific techniques, Duff is interested in demystifying and making public, the use, creation and cultural perceptions of the viral. For Emergencies2012, Duff will produce a new work as invited artist-in-residence at Ectopia in collaboration with Cultivamos Cultura and the URIA-Centro Patogenese Molecular, Faculdade Farmacia at the University of Lisbon.
Works including The Cryobook Archives (2010) and the Living Viral Tattoos (2008) have been exhibited in the following solo and group exhibitions; “Cellular Memorabilia” (FoFA Gallery, Montreal Canada 2011), “Visceral: The Living Art Experiment “(curated by Oron Catts and Ionat Zurr at Science Gallery, Dublin Ireland 2011), and “Evolution Haute Couture” (Moscow Biennial (2009) and National Centre for Contemporary Art (2008) (Keliningrad, Russia) and IX MediaForum and Moscow International Film Festival (2008) as part of the group exhibition curated by Dmitry Bulatov). Tagny Duff is Assistant Professor in the Department of Communication Studies at Concordia University.
PT | Tagny Duff é um artista interdisciplinar que trabalha com bioart, vídeo, performance, net-arte e instalações. Ao trabalhar diretamente com a biotecnologia e técnicas científicas, Tagny pretende desmistificar e tornar público o uso, criação e perceções culturais do viral. Para Emergencies2012, o artista criou uma nova obra na condição de artista convidado para uma residência artística na Ectopia, em colaboração com a Cultivamos Cultura e o URIA – Centro de Patogénese Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Obras como The Cryobook Archives (2010) e Living Viral Tattoos (2008) foram apresentadas nas seguintes exposições a solo e coletivas: “Cellular Memorabilia” (FoFA Gallery, Montreal Canadá 2011), “Visceral: The Living Art Experiment “(com curadoria de Oron Catts e Ionat Zurr, Science Gallery, Dublim, Irlanda 2011), “Evolution Haute Couture” (Bienal de Moscovo (2009) e Centro Nacional de Arte Contemporânea (2008) (Keliningrad, Rússia) e o IX MediaForum and Moscow International Film Festival (2008), integrando a exposição coletiva com curadoria de Dmitry Bulatov. Tagny Duff é professor auxiliar no Departamento de Estudos de Comunicação da Universidade de Concordia.
João Gonçalves
EN | João Gonçalves is an Associate Professor at Faculty of Pharmacy, University of Lisbon (FFUL) and responsible for the Antiviral Investigation and Retrovirus Unit at Instituto de Medicina Molecular in Lisbon. Colaborates at the Wetnet project with Tagny Duff. His team from Faculty of Pharmacy / Instituto de Medicina Molecular dedicate to study the HIV-1 e HIV-2 basic infectious processes at a molecular level approaching the cellular mechanisms which help and restraint the viral infection. In 2011 João Gonçalves and his team from Faculty of Pharmacy / Instituto de Medicina Molecular, won a Grand Challenges Exploration Award from the Bill & Melinda Gates Foundation to develop therapeutic nanoparticles to eliminate HIV-1 viruses from infected organisms. Gonçalves’ project Nanotechnology against viral latency: Sensor strategies to eliminate HIV-1 infected cells are designing and developing therapeutic nanoparticles aimed at specifically recognizing – and destroying – HIV-1 infected cells (where the virus has integrated the cells’ genome).
PT | João Gonçalves é Professor Associado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e responsável pela Unidade de Retrovírus e Investigação Antiviral do Instituto de Medicina Molecular. Colabora no projeto WetNet em colaboração com Tagny Duff.
A equipa que lidera na Faculdade de Farmácia / Instituto de Medicina Molecular dedica-se ao estudo dos processos básicos de infecciosidade do HIV-1 e HIV-2 a nível molecular abordando os mecanismos celulares que ajudam e restringem a infecção viral.
Em 2011, João Gonçalves e a sua equipa na Faculdade de Farmácia de Lisboa / Instituto de Medicina Molecular ganhou uma bolsa de investigação Grand Challenges Exploration Award da Fundação Bill & Melinda Gates para desenvolver nanopartículas com propriedades terapêuticas capazes de eliminar o vírus HIV-1 de indivíduos infectados.
O projeto intitulado Nanotechnology against viral latency: Sensor strategies to eliminate HIV-1 infected cells propõe desenhar nanopartículas capazes de reconhecer especificamente – e destruir – as células onde o vírus HIV- 1 se encontra alojado.
Residência Julho 2011 – Dezembro 2011 no Ectopia_laboratório de arte experimental.
http://ectopia-lab.blogspot.com