PT// O projeto Rewilding Cultures (RC) pretende redefinir o conceito de selvagem após a COVID e centrar-se na inclusão e na ecologia no domínio da arte, da ciência e da tecnologia. É necessário um novo olhar sobre este sector e a interrupção de tudo causada pela COVID, proporciona-nos um momento desconfortável, mas muito necessário, para reflectir sobre possíveis mudanças. Não podemos voltar ao business como antes, especialmente em termos de poluição e de questões importantes de inclusão não abordadas. Precisamos de voltar a ser selvagens em termos adequados ao presente e ao futuro.
Nos últimos 10 anos, assistimos a um grande crescimento de vários centros criativos: laboratórios e espaços para criadores, biológicos, artísticos e de coworking. Existem em muitas formas e tamanhos e funcionam como iniciativas que proporcionam aos participantes um espaço social equipado com oportunidades tecnológicas, um espaço onde todos são encorajados a experimentar, explorar, criar e partilhar. A importância do aspecto social e comunitário é um dos aspectos mais importantes destes centros criativos; não são apenas locais de prototipagem rápida e respondem às necessidades dos artistas e dos criadores, são muito mais do que as máquinas e ferramentas de fabrico e os seus operadores. São locais de vida social rica e lares de comunidades diversas. Os centros criativos são agora facilitadores indispensáveis da ciência aberta e cidadã e da localização da produção, do novo modelo de negócio, dos testadores e dos criadores de tecnologias do futuro, bem como locais de utilização nova e inovadora de tecnologias antigas. São locais de reinvenção e inovação nos processos educativos e de aprendizagem ao longo da vida.
FERAL LABS
O projeto baseia-se no legado da Rede de Feral Labs (FLN), um projeto de pequena escala da Europa Criativa (com a maioria das actividades nos Verões de 2019 e 2020), que ligou organizadores de Centros Criativos Temporários que variam em termos de âmbito, formato e tópicos, mas que possuem um quadro metodológico comum.
Estes Feral Labs, como os apelidámos, constituem o primeiro pilar de conteúdo do nosso projeto. São eventos de natureza transdisciplinar que não discernem qualquer conflito ao centrarem-se na produção de artefactos culturais e na filosofia, na pirataria e na manipulação de tecnologia, na detecção de dados ambientais, na criação de conteúdos educativos e na abordagem da resiliência através da investigação de desafios ambientais e tecnológicos, tudo no âmbito do mesmo evento. Ao reunir os mundos da arte, das humanidades e dos estudos sociais, da educação, do activismo digital, das ciências naturais e da tecnologia, os participantes aprendem inevitavelmente sobre os métodos e processos uns dos outros e beneficiam do know-how (conhecimento tácito), do know-why (a explicação científica) e do know-who (comunicação com e para) uns dos outros. Podem explorar o conhecimento a que normalmente não têm acesso e descobrir novas formas de abordar e definir questões sociais, políticas, naturais e tecnológicas.
Os Feral Labs baseiam-se e subscrevem o princípio do software e do hardware abertos e gratuitos, tal como defendido pelos movimentos Free e Open Source. Para além disso, os participantes dos Feral Labs são, muitas vezes, eles próprios defensores ávidos destes ideais. No entanto, os nossos eventos são concebidos não só para propagar o uso, a extracção destes princípios, mas também para encorajar os participantes a publicar o seu código, desenhos e documentação.
PARTNERS
Cultivamos Cultura, IONIAN UNIVERSITY (IURC), Bioart Society, The Culture Yard (Kulturværftet), ART2M / Makery Art2M – Digital Art International, Projekt Atol Institute, Radiona Makerspace – Association for Development of do-it-yourself Culture and SCHMIEDE HALLEIN Verein zur Förderung der digitalen Kultur.
Visite o website do projeto Rewilding Cultures aqui.
EN// The Rewilding Cultures (RC) project wants to reposition the wild after COVID and focus on inclusivity and ecology within the art, science and technology area. A new gaze at this sector is needed and the stop in everything caused by COVID, provides us with an uncomfortable, but much needed time for reflection on potential change. We cannot go back to business as usual, especially in terms of polluting and important inclusion issues unaddressed. We need to rewild on terms fit for the present and future. Within the last 10 years we have witnessed a large growth of various Creative Hubs; Maker-, Bio-, Art-, Coworking- Labs and -Spaces. They come in many shapes and sizes and operate as initiatives that give participants a social space equipped with technological opportunities, a space where everyone is encouraged to experiment, explore, create and share. The importance of the social and the communal aspect is one of the most important aspects of these Creative Hubs; they are not only places of rapid prototyping and caters to artists’ and makers’ needs, they are so much more than the fabrication machines and tools and their operators. They are places of rich social life and homes of diverse communities. Creative Hubs are now indispensable facilitators of Open and Citizen science and localization of production, New business model, testers and developers of Future technologies, as well as places of new and innovative uses of old technologies. They are places of reinvention and innovation in educational, life-long-learning processes.
FERAL LABS
The project builds on the legacy of the Feral Labs Network (FLN), a Small-scale Creative Europe project (with most activities in summers of 2019 and 2020), which connected organizers of Temporary Creative Hubs that vary in scope, format and topics, but hold a common methodological framework. These Feral Labs, as we have dubbed them, form the first content pillar of our project. They are events of transdisciplinary nature which discern no clash in focusing on production of cultural artefacts and philosophy, hacking and tinkering with technology, sensing environmental data, creating educational content and addressing resilience by investigating environmental and technological challenges, all within the same event framework. By bringing together the worlds of art, humanities and social studies, education, digital activism, natural sciences and technology, participants inevitably learn about each other’s methods and processes, and benefit from each other’s know-how (tacit knowledge), know-why (the scientific explanation) and know-who (communication with & to). They can tap into the knowledge they usually could not access and discover new ways of approaching and defining social, political, natural and technological questions. Feral Labs rely on and subscribe to the ethos of open and free software and hardware as harboured by the Free and Open Source movements. Furthermore, the participants of Feral Labs are oftentimes themselves avid champions of these ideals. However, our events are designed not just to propagate the use, the extraction of these principles, but also to encourage participants to publish their code, designs and documentation.
PARTNERS
Cultivamos Cultura, IONIAN UNIVERSITY (IURC), Bioart Society, The Culture Yard (Kulturværftet), ART2M / Makery Art2M – Digital Art International, Projekt Atol Institute, Radiona Makerspace – Association for Development of do-it-yourself Culture and SCHMIEDE HALLEIN Verein zur Förderung der digitalen Kultur.
Visit the Rewilding Cultures project website here.
Cultivamos Cultura 