O CINEMA FULGOR é um cinema com raízes móveis, itinerante pela constelação espacial do Baixo Alentejo. Cinema composto e semente, pretende participar na construção de uma ruralidade viva e autónoma, convocar e nutrir as diversas e dispersas comunidades, propondo o cinema enquanto experiência comunal e ecológica.
ECOLOGIAS EM DISTÚRBIO
Três filmes de Elke Marhöfer sobre ecologias em distúrbio, entre processos de extinção, de sobrevivência e devir colectivo. Uma prática cinematográfica sensorial em celebração da complexidade de alianças entre humanos e outros mais do que humanos, investigando práticas ambientais vernaculares consideradas perturbadoras, mas que poderão contribuir para o aprimoramento e a manutenção da biodiversidade.
SOIL_HABIT_PLANTS
16 mm, cor/ som, 11 min, Japão, 2017.
Em colaboração com Mikhail Lylov.
Uma micro-percepção que apreende as coisas de outro modo, ao nível do solo e das plantas. (Elke
Marhöfer)
BECOMING EXTINCT (WILD GRASS)
16mm transferido para HD, cor/som, 23 min, Rússia, 2017.
Os conceitos de extinção e devir são difíceis de serem pensados em conjunto, ambos são mais do que
apenas uma metáfora e nenhum deles oferece uma saída fácil. Podemos começar por entender o
mundo não como o “nosso” ambiente, o “nosso” clima, a “nossa” época, a “nossa” sobrevivência, os
“nossos” filmes ou as “nossas” imagens. Tentando fazer isso, o projecto concentra-se no
sensoriamento de plantas; uma escavação arqueológica de cavalos do período paleolítico tardio; um
projeto de restauração ecológica de pastagens; e cianobactérias. (Elke Marhöfer)
WHO DOES THE EARTH THINK IT IS? (BECOMING FIRE)
16mm transferido para HD, cor/som, 56 min, Japonês com legendas em Inglês, Japão, 2020.
Esta pesquisa cinematográfica estuda as práticas indígenas, como a produção de carvão vegetal, a
agricultura de florestas abatidas-queimadas, e o corte em talhadia, que por muito tempo foram
suprimidas ao ponto de quase serem extintas. O que une essas práticas é que elas muitas vezes
forneceram espaço para outros mais do que humanos. (Elke Marhöfer)
Entrada gratuita. Limite de aproximadamente 50 pessoas.
É necessária a utilização de máscaras, confirmação de teste COVID-19 negativo e respeitar a distância de segurança.
Rua de Odemira 15, São Luis – Cultivamos Cultura



EN//
CINEMA FULGOR is a cinema with mobile roots, a wanderer through the spatial constellations of Baixo Alentejo. Cinema-compost and cinema-seed, it intends to participate in the construction of a living and autonomous rurality, to convoke and nurture the diverse and disparate communities, proposing cinema as a communal and ecological experience.
DISTURBED ECOLOGIES
Three films by Elke Marhöfer on disturbed ecologies, amidst processes of extinction, survival and
collective becoming. A sensorial film practice in celebration of the complex alliances between humans
and more-than-humans, researching vernacular environmental practices considered disturbing but
potentially mattering for the enhancement and the maintenance of the biodiversity.
SOIL_HABIT_PLANTS
16mm film, colour /sound, 11 min., Japan, 2017.
In collaboration with Mikhail Lylov.
A micro-perception that grasps things from the side on the level of soil and plants. (Elke Marhöfer)
BECOMING EXTINCT (WILD GRASS)
16mm transferred to HD, color/sound, 23 min., Russia, 2017.
The concepts of extinction and becoming are difficult to think together, both are more than just a
metaphor and none of them offers an easy way out. We might begin by perceiving the world not as
“our” environment, “our” climate, “our” epoch, “our” survival, “our” films, or “our” images.
Attempting to do this, the project focuses on plant sensing; an archeological excavation of horses from
the late Palaeolithic period; an ecological restoration project of grassland; and cyanobacteria. (Elke
Marhöfer)
WHO DOES THE EARTH THINK IT IS? (BECOMING FIRE)
16mm transferred to HD, color/sound, 56 minutes 11sec., Japanese with English subtitles, Japan, 2020.
This film-driven research studies indigenous practices, such as wood charcoal production, swidden
farming and coppicing, that for a long time have been suppressed nearly to the point of extinction.
What unites these practices is that they often provided space to more-than-human others. (Elke
Marhöfer)