UNLOOP de David Negrão & Sara Montalvão
Projecto interdisciplinar e participativo criado em contexto de residência artística no Alentejo São Luís, Odemira e Montemor-o-Novo, nos meses de Outubro e Novembro 2021.
O sentido do jogo é fortemente estimulado, lidando com a imprevisibilidade, alerta e consciência do corpo espontâneo expressivo. O seu objectivo é trabalhar no desenvolvimento das capacidades de composição física e coreográfica, abrangendo a arte visual e o design sonoro.
Os intérpretes serão guiados através de orientações coreográficas, visuais e sonoras, exploração do vocabulário físico em interacção com a música, projecções visuais e técnicas digitais de mapeamento do corpo.
Trata-se de um processo criativo experimental, e o resultado será em grande parte definido pela contribuição dos participantes para as propostas apresentadas, apresentando-se, no final, como um jogo que acontece com os espectadores.
As residências têm lugar na Cultivamos Cultura, em São Luís, Odemira, durante Outubro e nas Oficinas do Convento em Montemor-o-Novo, durante o mês de Novembro.
As residências concentram-se em questionar e reflectir sobre o que é a memória do corpo, e como os processos neuronais afectam a nossa própria percepção do passado e do presente e, consequentemente, como se traduzem em estados e línguas do corpo distintos e pessoais. Os sentidos visuais e sonoros são trabalhados em diálogo e interacção com eles, alimentando-se mutuamente e estimulando-se mutuamente.
Este projecto tem o apoio financeiro do programa Garantir Cultura – GEPAC, Ministério da Cultura, e o apoio às residências de Cultivamos Cultura (São Luís) e Oficinas do Convento (Montemor-o-Novo).
EN//
Interdisciplinary and participative project created in the context of an artistic residence in Alentejo São Luís, Odemira and Montemor-o-Novo, during the months of October and November 2021.
The sense of play is strongly stimulated, dealing with unpredictability, alertness and awareness of the expressive spontaneous body. It aims to work on the development of physical and choreographic composition skills, embracing visual art and sound design.
The performers will be guided through choreographic, visual and sound orientations, exploration of physical vocabulary in interaction with music, visual projections and digital techniques of body mapping.
It is an experimental creative process, and the result will be largely defined by the participants’ contribution to the proposals presented, presenting itself, in the end, as a game that happens with the spectators.
The residencies take place at the Cultivamos Cultura venue, in São Luís, Odemira, during October and at the Oficinas do Convento venue in Montemor-o-Novo, during November.
The residencies focus on questioning and reflecting on what is the memory of the body, and how neuronal processes affect our own perception of the past and present and, consequently, how they translate into distinct and personal body states and languages. The visual and sound senses are worked in dialogue and interaction with them, feeding back and stimulating each other.
This project has the financial support of the Garantir Cultura program – GEPAC, Ministry of Culture, and the residencies support of Cultivamos Cultura (São Luís) and Oficinas do Convento (Montemor-o-Novo).
BIO
David Negrão (1981) inicia o seu trajecto profissional em 2001, quando obtém habilitação no Curso de Animação 2D/3D na ETIC. Frequentou o Curso de Cinema , Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona, que abandona para poder prosseguir os trabalhos que lhe foram sendo solicitados como freelancer em animação 3D, nas áreas do Cinema e Publicidade. Desenvolveu o seu trabalho em diversos estúdios de animação, como generalista 3D. Para além destes trabalhos, começou a participar em múltiplos projectos e eventos de Vídeo Mapping e instalações interactivas , nomeadamente: KIMA: NOISE, TATE EXCHANGE (UK) ,Blinc Digital Arts Festival (UK), Light Me (Qatar), 4321 Eclipse Festival (USA), LUMINA Festival da Luz Cascais (PT). Atualmente colabora regularmente com os colectivos artísticos ANALEMA GROUP (UK) e DATAGRAMA (USA) estando envolvido na utilização e criação de novas ferramentas que permitem explorar as potencialidades técnicas e criativas da interactividade e contiguidades entre os planos do real e do digital. ( http://www.davidnegrao.com )
Sara Montalvão (1986) licenciou-se em Estudos Anglo-Americanos pela FLUP em 2008. Profissionalizou-se em Buenos Aires como atriz no Estudio de Actuación Augusto Fernandes em 2010. Realizou a formação avançada em criação e composição coreográfica (FAICC) em 2013 com a Companhia Instável, no Porto. Em 2018 concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea (ESMAE/Teatro Municipal do Porto). Fez formações intensivas com coreógrafos de renome como David Zambrano, Edivaldo Ernesto, Luke Jessop/IonTribe, Hofesh Shechter, Francesco Scavetta, Rakesh Sukesh, entre outros. Também constrói e manipula formas animadas. Desenvolveu trabalho comunitário e social enquanto formadora de dança contemporânea, teatro e dança inclusiva para públicos de diversas faixas etárias e em diferentes países. Criou espetáculos a solo e co-criações. Já trabalhou com Mafalda DeVille, José Artur Campos, Teresa Alpendurada, Edgar Pêra, Ana Bacalhau, entre outros. Trabalha atualmente como intérprete em projetos da CiM/VoArte e Teatro do Mar. Em Novembro de 2019 estreou a sua última criação – “Sombras” – juntamente com Diletta Bindi, com o apoio à criação da Fundação GDA,em parceria com diversas estruturas culturais relevantes. Vive atualmente em Lisboa. ( http://www.saramontalvao.com )