PT// A residência tem como mote a sugestão de Cennini de desenhar paisagem a partir de maquetas (Cennini, 1922: 78) e a possibilidade de representação da paisagem, sugerida por Cozens (Cozens, 1977: 8-9, 13), a partir de manchas aleatórias. A primeira apresenta o desafio de, ao produzir paisagem miniaturizada a partir de elementos encontrados na paisagem real, entender qual é a escala dos desenhos realizados. A segunda permite a sua utilização desvirtuada ao considerar a paisagem como um tema confuso e abstrato que apenas através do desenho é possível ordenar, tornar visível, mesmo que através de marcas gráficas aparentemente pouco descritivas. O registo gráfico é realizado com canetas de cana produzidas a partir de canas encontradas na paisagem, transformando o desenho numa derivação da própria paisagem.
ENG// The residence has as a motto the suggestion of Cennini to draw landscape from models and the possibility of representation of the landscape, suggested by Cozens, from random blots. The first presents the challenge of, when producing miniaturized landscapes from elements found in the real landscape, to understand the scale of the drawings. The second allows its use to be adulterated by considering the landscape as a confused and abstract theme that only through drawing is possible to find an order, to make visible, even through graphic marks that are apparently not very descriptive. The graphic record is made with reed pens produced from reeds found in the landscape, turning the drawing into a derivation of the landscape itself.
BIO
Jorge Leal (1975) nasceu e trabalha em Lisboa. Licenciado em arquitetura pela FCTUC. Estudos de pintura e desenho no Ar.Co. Doutorado em Desenho pela FBAUL. Principais exposições individuais: 2019 – LER E RELER, Biblioteca FCT Nova, Campus de Caparica. 2018 – CARDUME 2, Galeria Municipal de Montemor-o-Novo; OSSOS MOLES, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa; CARDUME, Galeria Municipal do Montijo. 2017 – LIBERDADE, Museu das Artes de Sintra; O PINCEL QUE RI, Galeria Águas Livres 8, Lisboa; ESPERANTO, Museu Municipal de Faro; D DE DESENHO, Centro Cultural de Lagos; CASA, Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. 2016 – É TUDO DESENHO, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim. 2015 – WITHOUT DRAWING A DAY IS LOST, Galeria Mute, Lisboa; DESCASCAR, Centro de Artes e Cultura, Ponte de Sor. 2014 – P=D, Galeria Bangbang, Lisboa; DOC, Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada. 2010 – SACHSENHAUSEN, UM DOMINGO, Sala do Cinzeiro 8 (curadoria de João Pinharanda), Fundação EDP/MAAT, Lisboa. 2008 – CALL CENTER, Galeria Sopro, Lisboa.
Jorge Leal (1975) lives and works in Lisbon. Architecture degree at FCTUC. Painting and drawing studies at Ar.Co. Drawing PhD at FBAUL. Main solo exhibitions: 2019 – LER E RELER, Biblioteca FCT Nova, Campus de Caparica. 2018 – CARDUME 2, Galeria Municipal de Montemor-o-Novo; OSSOS MOLES, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisbon; CARDUME, Galeria Municipal do Montijo. 2017 – LIBERDADE, Museu das Artes de Sintra; O PINCEL QUE RI, Galeria Águas Livres 8, Lisbon; ESPERANTO, Museu Municipal de Faro; D DE DESENHO, Centro Cultural de Lagos; CASA, Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisbon. 2016 – É TUDO DESENHO, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim. 2015 – WITHOUT DRAWING A DAY IS LOST, Galeria Mute, Lisbon; DESCASCAR, Centro de Artes e Cultura, Ponte de Sor. 2014 – P=D, Galeria Bangbang, Lisbon; DOC, Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada. 2010 – SACHSENHAUSEN, UM DOMINGO, Sala do Cinzeiro 8 (curadoria de João Pinharanda), Fundação EDP/MAAT, Lisbon. 2008 – CALL CENTER, Galeria Sopro, Lisbon.